Entrevista
com os atores de Eien no Kinō. Esse BL é o quarto da faixa Dorama
Shower, parceria da MBS com a KADOKAWA, e foi exibido entre outubro e dezembro de 2022. A história é muito, muito bonita. É
o tipo de enredo que mostra como os BLs em geral podem (e devem, eu acrescentaria)
ir muito além do convencional, do básico. Não sei o quanto ele foi visto, mas
desconfio que pouco, até por não ter um final feliz. Se as histórias são
tristes, o público de BL tende a rejeitar.
Enfim, o artigo original – em
japonês – está neste link do site Otajo, sobre o qual já falei antes (eles não tinham do
dorama anterior, não sei o porquê, mas deste tinham). As fotos são todas de lá,
porém há várias outras. É só clicar para ver o ensaio completo. O nome da fotógrafa
é Soga Mime.
O brilho radiante de Komiya
Rio fez Inoue Sora sentir-se jovem novamente!? Na cena de beijo, “o nervosismo
entrelaçou-se com a realidade” – Entrevista com ensaio fotográfico para o
dorama BL Eien no Kinō
Entregamos para vocês uma
entrevista com ensaio fotográfico dos protagonistas Komiya Rio e Inoue Sora do
dorama Eien no Kinō, baseado no romance BL que causa um choro inevitável
escrito por Eda Yūri, atualmente em exibição todas as quintas-feiras de
madrugada, sendo a quarta obra em colaboração da faixa Dorama Shower da
MBS com o selo de doramas BL Tunku, administrado pela KADOKAWA.
“Naquela manhã, Kōichi, em um
piscar de olhos, voou pelo espaço...”
Kōichi, um garoto alegre que é um
dos populares da classe, e Mitsuru, um estudante talentoso que não é muito bom
em lidar com os outros. Esses dois estudantes do Ensino Médio, por terem
personalidades completamente opostas, sentem uma forte atração um pelo outro.
Entretanto, um dia, sob os olhos de
Mitsuru, Kōichi sofre um acidente.
Nesse local, este Kōichi que se
levanta e dá risada como sempre está de fato vivo, porém seus colegas de classe
vão gradualmente começando a esquecer sua existência!? Esta é uma história de
amor juvenil que fará vocês se debulharem em lágrimas vendo esses dois se
esforçando ao máximo para iluminar o tempo limitado que resta até que Kōichi
desapareça.
Komiya Rio interpreta Yamada Kōichi,
o estudante alegre e popular que acaba de repente tendo o infortúnio de sofrer
um acidente de carro, e Inoue Sora interpreta Ōmi Mitsuru, o aluno talentoso
com dificuldades de socialização.
Nós perguntamos a Komiya e a Inoue sobre
os pontos de destaque do dorama e sobre suas impressões um do outro!
![]() |
Inoue Sora e Komiya Rio |
A mudança para uma
atuação realista “Ali eu fui completamente Kōichi, e não Komiya Rio”
– Contem-nos suas impressões sobre
a obra original e seus sentimentos quando ficou decidido que iriam atuar no
dorama.
Inoue: Tanto quando li o romance e o
roteiro, quanto quando atuei de fato, achei esta uma obra extremamente bela e
pura. O Mitsuru é um personagem que tem muitos pensamentos escondidos dentro de
si e eu também achei que nós tínhamos alguns pontos em comum, então quis tentar
interpretá-lo.
Komiya: É uma obra a qual brilha mesmo
entre os BLs, ou melhor, eu tive a impressão de que, dentre os trabalhos nos quais
coloquei minhas mãos até hoje, ela tinha uma atmosfera completamente diferente.
Li várias vezes a obra original e, desde o momento da leitura do roteiro, nós
ensaiamos muito. Eu atuei no dorama anterior exibido nesta faixa, Takara-kun
to Amagi-kun, e acho que Eien tem uma beleza bem diferente dela, e
conseguir participar desta obra é algo que me deixou extremamente feliz.
O Kōichi também tem uma parte dentro de si que normalmente
não mostra em seu rosto e, conforme a história entra na metade final, isso vai
rapidamente ficando mais claro. Isso também faz parte do seu charme e eu estava
ansioso para interpretá-lo.
– Há algo que vocês mantiveram em
mente ao atuar?
Inoue: O Mitsuru é um personagem
introvertido, que não tenta comunicar-se com os outros, e há muito mais
pensamentos que ele esconde dentro de si do que outras pessoas o fazem. Como eu
achei que isso se refletiria em sua postura sentado, em pé e em seu
olhar, atuei com isso em mente enquanto dialogava com o diretor.
Quando li pela primeira vez o
roteiro, fiquei com a impressão de que ele era completamente diferente de mim. E
quando chegou a hora de interpretá-lo, achei que, se não fizesse assim, ele não
ficaria bem construído. Conversei isso com o diretor, perguntando qual imagem
ele tinha do personagem e fui comparando e ajustando as coisas.
Komiya: Eu não sou tão animado quanto meu
personagem, ou melhor, sou do tipo que, mesmo na vida privada, não costuma falar
muito, e o Kōichi, além de tomar a iniciativa e perguntar ao Micchan (Mitsuru)
se ele não gostaria de ser seu amigo, é também o centro das atenções em sua
classe, a chamada “personalidade viva”, então esse aspecto é diferente de mim e
fiquei sofrendo sem saber como atuar. No ponto inicial, pensei que deveria
tomar cuidado com essa diferença entre o meu ânimo e o dele.
Há uma cena em que vamos fazer
acampamento e nela ele grita e fica fazendo festa no mar. Isso eu também interpretei levantando minha animação a um ponto quase inimaginável por mim
(risos). É completamente diferente do meu eu de sempre (risos). Mas acho que
consegui fazê-lo me divertindo.
– E qual parte foi difícil?
Inoue: A parte mais difícil foi, como
esperado, a atitude mental ao abordar um BL. Como o foco do amor de alguém
varia de pessoa para pessoa, há muitas coisas que eu não entendo pelas
experiências que tive até agora. Tive dificuldades nessa parte de abordar um
BL.
Komiya: Comigo foi a mesma coisa: a
mentalidade em relação a BLs, ou melhor, como eu nunca me apaixonei por um
homem, comecei primeiro por perguntar a pessoas amigas minhas que gostam de BL
ou gostam de fato de homens. Na hora de construir os sentimentos, primeiramente
eu passei a gostar do Sora enquanto pessoa e dali passei para o Micchan.
Durante as gravações, eu realmente me apaixonei pelo Micchan e estava, como um
todo, desde o começo, querendo mostrar esse sentimento de gostar dele e querer cuidar
dele. Então essa parte em si, mais do que difícil, foi algo conseguido
naturalmente por passarmos longas horas juntos.
Como estamos na época da
diversidade, através de minha interpretação do Kōichi nesta obra, creio que
também foi bom eu conseguir absorver esses valores dentro de mim e acho que,
enquanto experiência de vida, consegui dar um grande passo adiante.
– Qual a impressão de vocês sobre a
direção de Kobayashi Keiichi?
Inoue: Ele é um diretor que valoriza
cada pequeno detalhe das palavras, pedindo-nos para tentar dizer as falas de
formas diferentes e assim nós também conseguimos perceber bem como há outros
sentidos nelas. Além disso, ele nos guiava de forma extremamente meticulosa
quanto aos movimentos, sem nos forçar. Como ele também nos ensinava todo o
processo mental o qual o fez pensar dessa forma, ficava fácil de fazer. A forma
dele dirigir é aproximando-se adequadamente de nós, ouvindo a nossa opinião
também e comparando-a e ajustando-a com a dele para assim conseguir dar uma
resposta, então nós conseguimos construir juntos. Por isso, para mim esta foi
uma gravação na qual me foram ensinados vários métodos e eu aprendi bastante.
Komiya: Eu sempre apareci em Tokusatsu e
o tipo de atuação é diferente. É uma “interpretação de Tokusatsu”, ou melhor, a
reação deve ser mais exagerada, há mais movimentação – para ficar mais fácil de
crianças entenderem, eu fazia esse tipo de atuação, porém isso se enraizou em
mim e este mau hábito acabava aparecendo naturalmente. O diretor corrigiu esse
aspecto e me deu sugestões e conselhos adequados, por isso senti que ele me
salvou muito.
Como havia muitas coisas que eu não
sabia, ele me dava sugestões, ao atuar de fato e checar o resultado das imagens
na tela, fiquei fixado neste formato, ou melhor, o realismo surgiu
naturalmente. Repetindo esse processo várias vezes, meu mau hábito de até então
sumiu rapidamente. Como eu mesmo senti em minha própria pele que consegui atuar
de maneira mais realista do que antes de começar as gravações deste dorama, achei
realmente bom que conseguíssemos fazer este trabalho juntos. Ele é um diretor
que me permitiu estudar me divertindo a construção em conjunto dessa obra.
– Sua atuação mudou a ponto de você
mesmo perceber a diferença entre o antes e depois de começar a trabalhar com
essa obra?
Komiya: A forma de atuar, de distribuir o
olhar, de se mover, claro, são coisas que variam de acordo com os personagens
de cada obra, porém há de se esperar que o Komiya Rio esteja na base de tudo.
Mas neste Eien no Kinō penso que não há nenhum pouco disso e me tornei o
Kōichi completamente.
– Para você essa é uma obra de
grande significado, né?
Komiya: Verdade. Fico feliz por ter
conseguido fazer o Kōichi.
– Eu tive a oportunidade de
entrevistá-lo na época do lançamento do longa-metragem de Mashin Sentai
Kirameijā e tenho a impressão que você ficou ainda mais adulto com suas
atividades recentes.
Komiya: Como é de se esperar, ele me
tornou mais adulto... Opa! (risos).
Inoue: Espera lá! (Porque o Komiya está
brincando) Eu vou embora...
Komiya: A nossa relação de sempre
apareceu agora, né (risos)? Nós nos reencontramos hoje depois de muito tempo. A
última vez que nos vimos foi durante o Tokyo Girls Collection e na época também
estávamos assim, mas para que nós nos encontremos é preciso abrir um espaço nas
agendas!
– Inoue, você sentiu a luminosidade
do Komiya?
Inoue: Senti! Sim!
Komiya: Espere! Você não dirá nada além
disso?
Inoue: É porque você está me olhando com
olhos extremamente brilhantes... (Risos)
Komiya: Ei (Risos)!
Inoue: Eu senti que ele é extremamente
jovial.
– Como vocês estão se chamando?
Inoue: Eu o chamo de Rio.
Komiya: No começo, eu o chamava
polidamente de Inoue-san, depois, Sora-kun e, por fim, acabou virando Sora-chan
(risos).
– Em que momento das gravações essa
mudança ocorreu?
Inoue: Huum, eu não lembro. Acho que
logo quando as gravações começaram já, né?
Komiya: Sim, porque já estava na forma
final.
– Vocês combinaram logo de não usar
o tratamento formal?
Inoue: Quando fizemos a leitura do
roteiro. Como os personagens tinham a mesma idade, achei que ficaria difícil
ficar trocando de formal para informal.
Komiya: Fiquei muito feliz por ele ter
dito isso e foi mais fácil de fazer mesmo.
– Esta foi a primeira vez que vocês
atuaram juntos. Qual a impressão que tiveram um do outro?
Komiya: Eu já atuei no passado com atores
que haviam trabalhado com o Sora, portanto nós temos muitos conhecidos em comum,
então eu tinha ciência da existência dele em si. Por isso, embora eu não
soubesse que tipo de pessoa ele era, fiquei com a sensação de que finalmente havia
conseguido conhecê-lo. Quanto à impressão, tenho a sensação de que não tínhamos
pensado em nada antes de nos conhecermos, né?
Inoue: Ah, é (risos).
Komiya: Mas, como é de se esperar, ele
parece um irmão mais velho! Na hora de trabalharmos juntos, desde o ponto em
que fizemos a leitura de roteiros, ele tomou a iniciativa e me deu conselhos e eu
devo muito a ele. É essa imagem de irmão mais velho.
Inoue: O Rio inegavelmente passa a
impressão de alguém jovial. Nós temos uma diferença de idade de quatro anos. Eu
tendo 24 e ele 20, na minha percepção é uma diferença considerável. Por isso,
bem, falar que ele realmente é jovial e está vivendo alegremente é estranho,
mas ele é extremamente luminoso e passa uma impressão cintilante.
– De onde você sentiu essa jovialidade?
Inoue: Dos olhos dele. Quando nós nos
encontramos pela primeira vez, já vi que ele era extremamente jovial e pensei
“Ah, será que eu também fui assim?”, sentindo isso antes mesmo de conversarmos.
– Você sente que perdeu um pouco dessa
jovialidade (risos)?
Inoue: Eu penso em continuar jovem
(risos). Como é de se esperar, meus amigos que têm a mesma idade e estão
procurando emprego normalmente nas empresas me dizem que eu não envelheço, porém
quando você encontra alguém de 20 anos, a jovialidade é diferente. Mas,
passando tempo junto com o Rio, tenho a impressão de que rejuvenesci.
– Mas o Komiya disse ser um pouco quieto,
então não há um pequeno vão entre isso e a percepção que ele é alguém luminoso?
Inoue: Então, no começo ele passava a
impressão de não falar muito, a ponto de fazer você pensar que ele é um pouco
tímido, mas, conforme você vai falando com ele, seu lado alegre também aparece.
Acho que a minha primeira impressão dele ter sido de alguém jovial está
relacionado com isso.
– Houve alguma mudança na impressão
que vocês tinham um do outro após o fim das gravações?
Komiya: Eu passei a conseguir confiar
nele. Como nós passamos longas horas juntos, e em um período curto de tempo, eu
consegui conhecê-lo bem e profundamente. No começo, demora até que eu me torne
próximo de alguém, portanto fazer isso em pouco tempo assim e passar a
conseguir conversar bastante no set é algo raro.
Inoue: Muito obrigado (risos).
Komiya: No começo eu estava sempre usando
linguagem formal, e mesmo que ele me pedisse para parar, eu tinha dificuldade
para largar. Mas agora eu o estou chamando como “Sora-chaaaan”, né?
Inoue: Como nossos papéis são de alunos
de uma mesma classe, como por base não usar linguagem formal faz as pessoas se
abrirem mais e como eu mesmo não ligo para isso, falei para ele parar de usar,
porém, num bom sentido, ele ficou bem abusado (risos). Quanto à mudança na
impressão, passei a vê-lo como alguém que parece se divertir em tudo o que faz.
Tanto no intervalo das gravações quanto no fim delas, chegava ao ponto de eu me
perguntar se ele não estaria cansado, pois ele parecia estar se divertindo
sempre. Esse lado dele me impressionou muito e mesmo agora que finalizamos as
gravações essa impressão é forte. Por isso eu o via pensando que era o tipo de
pessoa que consegue se divertir com qualquer coisa.
– Terminadas as gravações de todos
os episódios, quais aspectos vocês sentem que podem respeitar um do outro enquanto
atores?
Komiya: Tudo, no geral! Eu penso isso
desde a leitura do roteiro. Em relação a tudo, ele reflete primeiro e depois
age com nuance. “Por que o personagem tem esse ponto de vista?” Ele chega a
pensar em tudo nesse nível e fazer as coisas de maneira séria. Eu ficava
pensando que gostaria de imitá-lo – foi de fato um aprendizado. Eu realmente
fiquei feliz por ter conseguido conhecê-lo através desta obra, pois tudo se tornou
um aprendizado, desde sua comunicação com o diretor e com a equipe, até sua
forma de estar no set; tanto durante sua atuação quanto fora de cena, enquanto
ser humano, houve várias coisas para aprender.
Inoue: Que bom ouvir isso. Muito
obrigado (risos).
Komiya: (Sobre ser elogiado) Eu também
estou esperando, hein (risos).
Inoue: Para mim, é esse lado dele, que
eu não tenho, de conseguir se divertir. Eu também gosto demais deste trabalho e,
fundamentalmente, me divirto, mas ele parece estar sempre nesse estado. Acho
maravilhosa esta forma de encarar o trabalho em que você realmente se diverte,
pois ela transmite fortemente esse sentimento para as pessoas ao seu redor. Além
disso, ele é bom em entrar no personagem. Eu sou ruim nisso.
Por exemplo, em cenas de choro, eu
preciso de um tempo antes delas. Dentro de mim, eu me lembro apropriadamente da
cena anterior e penso que antes tinha uma determinada emoção e agora vai passar
para outra. Em uma cena na qual se fica triste e chora, se eu não ficar triste
antes, não consigo interpretar. Mas ele fica rindo. As formas de lidar com a
atuação são diferentes dependendo de quem as faz, porém eu ficava olhando me perguntando
se estaria tudo bem. Mas, uma vez que chegava a hora de fazer a cena, de
repente a expressão dele mudava completamente e sua força de concentração para
conseguir entrar no personagem, ou melhor, seu “poder explosivo”, o qual ele
conseguia colocar para fora todo de uma vez, era extremamente fascinante.
Komiya: Muito obrigado!
– Você tinha consciência de estar
entrando no personagem assim?
Komiya: Não tinha, não. No momento
exatamente anterior ao da gravação das cenas de choro, eu ficava conversando
com a equipe, morrendo de rir, mexendo com o Micchan e, quando diziam “Atenção,
gravando!”, eu entrava imediatamente no personagem. Mas acontece de eu mesmo precisar
relaxar um pouco antes para conseguir enfrentar as cenas sérias, de choro ou
emocionais. No passado, já passei algumas vezes pela situação de querer chorar
e não conseguir por ter ficado triste antes e ter me acostumado com a emoção.
Como ficou mais fácil para eu fazer variando as emoções e entrando no clima da
cena, chorando quando deveria chorar etc, apenas nos momentos apropriados, ultimamente
estou sempre fazendo isso. Acho que é mais fácil atuar quando no momento
exatamente anterior você está dormindo ou numa emoção oposta ao que vai fazer.
Ambos leram o roteiro
chorando... O aspecto adorável que você entende ao ver até o último episódio
– Falem-nos sobre os pontos de
destaque desta obra.
Inoue: Há várias cenas de chuva e isso
me deixou impressionado. É como se ela estivesse transmitindo algum tipo de
presságio. Há muitas cenas nas quais você pode pensar na chuva como se fossem lágrimas.
Por causa do som da chuva, eu consegui entrar melhor no meu papel e atuar. Para
além das de chuva, como gravamos realmente dando atenção mesmo às cenas
normais, as imagens estão muito bonitas.
Komiya: É uma beleza diferente das obras
que foram feitas até agora para o Dorama Shower. Eles não se apaixonam
normalmente apenas – o próprio Kōichi sofre um acidente de trânsito e fica em
um estado no qual continua vivo embora seu coração tenha parado e os dias
seguintes a isso são muito importantes para os dois. Eu acho que esse lado
extraordinário é algo especificado destes romance e dorama: não é apenas uma
história de amor juvenil. Acho que se você a projetar sobre si mesmo e refletir
sobre ela, é uma obra em relação à qual realmente não há como evitar chorar
muito.
– Deixaram-me ler o roteiro de
todos os episódios e realmente só de o ler eu já chorei.
Inoue: Pois é.
Komiya: Foi incrível. Desde a nossa leitura
do roteiro, né?
– Vocês também leram chorando?
Inoue: As lágrimas realmente saíram. Mas,
como seria um problema se nós nos emocionássemos muito ali e na hora de gravar
as lágrimas não saíssem, quando meus olhos começavam a lacrimejar, eu lia
segurando minhas emoções um pouco.
– E o episódio oito foi golpe baixo,
hein!
Inoue: É verdade.
Komiya: Foi golpe baixo! Como também há
histórias por trás dos personagens que você só entenderá se vir até o fim, gostaria
que o público visse tudo sem falta.
– Além disso, a cena do beijo no
terceiro episódio parece ter sido feita com calma, bastante tempo e
meticulosamente.
Inoue: Nós conversamos bastante durante
as gravações. Nós dois fizemos bastante a leitura do roteiro, comparando e
ajustando.
Komiya: Eu fiquei nervoso e, por mais que
quisesse me aproximar, não conseguia. Acho que esse nervosismo da primeira vez
lembra o que sentimos na realidade. Eu gostaria que a audiência que está assistindo
também ficasse junto com o coração palpitando vendo o momento até que o beijo
aconteça também. Foi pensando nisso que eu fiquei olhando completamente apenas
para o Micchan.
– Então, do ponto de vista um do
outro, contem-nos qual lado vocês sentem que é adorável nos papéis que seu
parceiro interpreta.
Komiya: O lado tsundere do
Micchan. Quando eles vão para o acampamento ou para a casa dele, quando eles
estão lado a lado, o que ele está pensando e a forma como se comporta são
completamente diferentes. Como o roteiro vem com as instruções de cena e os
monólogos, dá para entender, mas se fosse uma situação real em que ele
estivesse ao seu lado, neste momento não daria para entender, porém, ao saber o
que ele estava de fato pensando, você passa a acha-lo extremamente fofo e adorável.
No acampamento, quando eles estavam montando a barraca também, eu o achei
adorável.
Inoue: O Kōichi é muito sincero. Eu
achei muito adorável essa sinceridade, que o Mitsuru definitivamente não tem, na
qual suas emoções aparecem em todas as suas palavras e expressões. Porém, creio
que vocês entenderão se virem até o final, isso se tornou uma espécie de ataque
para ele e há ainda uma outra razão para isso escondida que fará sentido mais
tarde. Mas mesmo que haja uma razão por trás, acho que esses sentimentos dele são reais,
por isso esse seu lado é adorável.
– Aguardarei ansiosamente até o
último episódio. Muito obrigada!
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