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TODOS OS DORAMAS BL JAPONESES (LISTA)

Lista de todos os doramas BL lançados no Japão, com suas respectivas datas de estreia. Os que tiverem entrevistas com os atores traduzidas a...

sábado, 1 de fevereiro de 2025

ENTREVISTA: SAITŌ ARATA E ORIYAMA NAŌ FALAM SOBRE TAKARA-KUN TO AMAGI-KUN


Takara-kun to Amagi-kun é o terceiro BL da faixa Dorama Shower, criada pela MBS em parceria com a KADOKAWA. Ele foi exibido entre agosto e outubro de 2022, com um total de oito episódios, e conta a história de amor dos dois personagens, estudantes do Ensino Médio, cujos nomes servem de título à obra.

Sendo bem sincero, este foi um dos piores BLs que eu já vi na minha vida. Das obras japonesas, certamente é o pior. Sem concessões. Tudo é tão artificial, tão pedestremente escrito, tão mal ajambrado, que senti como se estivesse tendo um sonho febril. A única coisa que se salva neste dorama são os personagens secundários de maior destaque: Katori e Tanaka. O resto...

Além de ter detestado a história, a entrevista que peguei para traduzir estava no site Drama & Movie da ORICON NEWS que é muito pesado, muito mesmo. Tentei acessar algumas vezes pelo notebook, mas ficou travando. Resultado? Tive de traduzir com o arquivo do Word aberto no meu notebook e olhando para a tela do celular. Isso só me irritou ainda mais.

Por outro lado, a entrevista em si é interessante. Talvez um dia eu escreva uma resenha explicando os motivos pelos quais não gostei da história. Até pensei em fazer aqui na introdução do texto, mas fui pensando, pensando e ficaria muito longo colocar todos os problemas neste espaço. Já está longo agora, aliás.

Enfim, sem mais delongas. O original em japonês está aqui. Só tinha uma imagem lá, então procurei algumas outras para quebrar um pouco em partes a entrevista porque ela é de fato muito comprida. Achei que daria umas cinco páginas e no final foram oito. Segue a conversa:

 


Satō Arata do IMPACTors & Oriyama Naō do Shōnen Ninja – Takara-kun to Amagi-kun – “Companheiros de batalha” que conseguiram superar os obstáculos apoiando-se mutuamente (entrevista)

 

Satō Arata e Oriyama Naō, dos grupos populares da Johnny’s Jr IMPACTors e Shōnen Ninja, respectivamente, protagonizam o dorama atualmente em exibição Takara-kun to Amagi-kun. Satō interpreta Takara – um garoto que, apesar de fazer parte do grupo dos populares da classe, tem baixa autoestima – e Oriyama interpreta Amagi, um estudante do Ensino Médio que, embora simples, é fofo e puro. Os dois fazem uma boa interpretação neste Boy’s Love agradável e doloroso. A ORICON NEWS realizou uma entrevista com esses dois que debutaram ao mesmo tempo e se tornaram “companheiros de batalha” através das gravações e perguntou a eles sobre histórias de bastidores nos locais de gravação regionais em pleno verão e sobre o que pensam um do outro.

 

Mesmo sendo apenas um ensaio... Esclarecendo a verdade do “incidente do beijo” – “Eu avancei demais devido ao meu nervosismo”

 

– Primeiramente, o que vocês pensaram quando ouviram que iriam atuar juntos pela primeira vez com alguém com quem haviam debutado?

 

Satō: Nós entramos juntos no mundo do entretenimento, mas, após fazer o teste e trabalhar duas ou três vezes juntos, logo nos separamos, então não imaginei que fôssemos atuar no mesmo projeto. Quando ouvi do meu agente pelo celular, respondi “Hã, Oriyama!?” (risos) com uma voz bastante alta na plataforma da estação. Eu avisei para os membros do meu grupo também e, ao falar que faria com o Oriyama, como já havia muitos entre eles com quem já havia atuado juntos, disseram coisas como “É sério!?”, “É uma combinação inesperada” e “Dê o seu melhor”.

 

Oriyama: Eu fiquei cheio de expectativas. Mais para o começo, nós fizemos trabalhos juntos, porém justamente porque ultimamente tomamos caminhos diversos, não conseguia conceber muito que trabalharíamos juntos. Estava ansioso para ver como a situação seria. Ao começar as coisas de fato, percebi que o Arata era exatamente o mesmo de quando o conheci, não tendo mudado em nada. É um Satō Arata que surgiu em uma circunstância completamente nova, então fiquei com uma boa sensação de nervosismo. A tensão de quando fizemos o teste inicial ressuscitou.

 

– O que vocês pensam sobre ambos estarem carregando a responsabilidade de serem protagonistas?

 

Oriyama: Eu fiquei feliz. Porque desde o meu primeiro ano do Fundamental II, ficava sempre visitando santuários, pedindo para protagonizar um dorama.

 

Satō: Que fofinho (risos).

 

Oriyama: De lá passaram-se seis anos e finalmente cheguei até aqui. Eu tive a experiência de protagonizar o dorama Yarō-gumi (Koi no Yamai to Yarō-gumi) com várias pessoas, porém atuar em uma história com 8 episódios em duas pessoas assim me deixou extremamente feliz. Não houve pressão no geral e eu interpretei pensando como se o Katori interpretado pelo Suzuki Kōsuke fosse o protagonista. Nesta obra, os personagens de todo mundo estão bem delineados e são todos engraçados e interessantes. Mais do que pensar que eu era o protagonista, vi esta obra como um trabalho conjunto, feito não apenas pelos atores, mas também pelos operadores de câmera, pelos iluminadores, pelo diretor etc. Eu não tive a impressão de estar na linha de frente, mas atuei como se uma câmera estivesse filmando meu dia a dia.

 

Satō: Eu também, quando ficou decidido que eu seria o protagonista, em vez de ficar sentindo uma grande pressão, simplesmente fiquei empolgado com a notícia. Como gosto de mangás e animês, ao decidirem que eu estaria envolvido com um projeto baseado em uma obra original, fiquei muito feliz. Porém, a partir daí, a pressão foi gradualmente se impondo. Por isso, mais do que imaginava, eu não fiquei muito tenso e, sim, o que teve mais força em mim foi justamente essa felicidade simples.

 

A declaração de amor foi tão abrupta...

– O que vocês dois sentiram quando viram que a obra na qual atuam juntos é um BL?

 

Oriyama: O Satō estava sempre com o coração acelerado (risos). Na hora de beijar também, ele estava sempre neste estado. Talvez por nós termos começado juntos ou por termos conversado bastante, eu não fiquei nem um pouco assim. Como ele interpreta de forma comovida, estava sempre com o coração batendo rápido. Nos ensaios, embora o diretor também dissesse que não precisava ter beijos, ele vinha para me beijar. Se chega nesse nível, você se pergunta se a pessoa não estaria apaixonada por você (risos).

 

Satō: Como meu nervosismo tomava demais o controle, eu não conseguia ouvir nem um pouco a voz do diretor dizendo que aquilo era um ensaio. Então, acabei beijando de fato. O Oriyama ficou irritado comigo, mandando eu parar com a palhaçada.

 

Oriyama: Porque disseram que não tinha problema ficar sem beijar (risos). Porque nossos lábios se tocaram completamente!

 

Satō: Isso aconteceu porque eu já não estava escutando as instruções. Desculpe-me (risos).

 

O lado novo que descobriram mutuamente através da atuação juntos – “Ele tem um lado assim.” “A imagem que eu tinha dele mudou.”

 

– Vocês dois têm uma relação muito boa. Houve alguma mudança na impressão que tinham um do outro antes e depois que atuaram juntos?

 

Oriyama: Eu não tenho muitas lembranças do passado, porém, de qualquer forma, no início nós estávamos dando a nossa vida para conseguir sobreviver. Sempre entrávamos em contato para falar de trabalho: “Você foi chamado para trabalhar nisso?”, “Eu não fui chamado”; era essa sensação de tensão. Por isso, como até ali ainda não havia visto sua natureza humana propriamente dita, ou melhor, a essência do “Satō Arata”, ao atuarmos juntos, pela primeira vez descobri vários lados dele.

 

Satō: Pelo canal do Youtube do Shōnen Ninja, eu peguei um pouco da ideia de como cada um deles é no geral. O Oriyama passa uma imagem forte de alguém bastante calmo e bem resolvido, mas que, na hora de brincar, brinca muito, e é engraçado, fazendo pensar que ela era alguém difícil de alcançar. Porém, uma vez que você converse com ele, é uma pessoa extremamente gentil, que ouve você com atenção. Minha imagem dele mudou um montão.

 

– Vocês debateram suas cenas ao avançar nelas?

 

Oriyama: Debatemos bastante. Como foram passadas bastantes partes nas quais não havia falas também, nós dois fizemos a distribuição de papéis. O Takara do ponto de vista do Arata e o Takara do meu ponto de vista eram bem diferentes. Como não sabíamos o que fazer, conversamos com o diretor, lemos a obra original. Porém, como é esperado, há partes do mundo 2D as quais, por mais que você queira reproduzir no mundo real, não consegue fazê-lo por completo. Foram essas partes que nós conversamos bastante sobre o que fazer. Cenas de kabe-don, para onde direcionar a câmera etc, foi difícil, né?

 

Satō: Sim, sim. Isso aconteceu.

 


– Vocês ultrapassaram esses problemas juntos, né?

 

Satō: Nós somos companheiros de batalha.

 

– Então, em relação aos personagens que vocês interpretam, vendo do ponto de vista de um parceiro, há alguma parte que vocês sintam que um e outro se parecem?

 

Satō: Falando simplesmente, é a aparência externa. Quando estávamos atuando de fato também, eu ficava pensando que o Amagi estava ali e, quando vi o trailer, pensei mais ainda que era ele. Mesmo lendo os comentários que fez para a imprensa, eu sentia como se o Amagi realmente tivesse escrito. O seu visual, o tom de sua voz que passa uma sensação de transparência, de estarmos ouvindo uma narração, isso tudo me fazia pensar que era o Amagi. Além do uso da obra em seu formato original, através do seu modo de atuar para corresponder ao clima de um mundo 3D, ele conseguiu interpretar corretamente o Amagi.

 

Oriyama: A personalidade, ou melhor, a forma de ver o mundo do Arata e do Takara são extremamente parecidas. Seu lado quieto é extremamente quieto, mas, na hora que quer falar algo, ele fala da maneira apropriada. Nessas coisas eles se parecem. Suas variações de humor são iguais às do Takara. Nós tentávamos gravar fazendo esses links. Acho que a sensação de tensão é parecida.

 

– Vocês sentem essas semelhanças com seus personagens que estão apontando um do outro?

 

Satō: Mas o Takara faz parte do grupo dos populares e eu nunca fui parte nem dos restos de um grupo desses.

 

Oriyama: Você fazia parte da multidão, né? Eu também (risos).

 

Satō: Por isso, eu ficava me perguntando como é fazer parte do grupo dos populares. A atitude do Takara é ruim, mas ficava me perguntando como poderia fazer para ficar parado como um garoto popular ou como é a percepção de uma pessoa popular quando ela está entrando na sala de aula.  Atuei pensando um monte de coisas. Se consegui ou não, eu não sei (risos).

 

Oriyama: No começo, quando li a proposta da história, vi que estava escrito na parte das características do Amagi que ele é “reservado” e pensei “aí está!”. Isso porque eu também sou reservado (risos). Porém, ao experimentar ler o roteiro, percebi que ele era extremamente entusiasmado. Mesmo quando eu de fato atuei como ele, vi que realmente sua empolgação era muito grande e o diretor também seguiu nessa linha, então houve bastantes cenas com um entusiasmo alto. Mas, da mesma forma, ele é alguém que, na hora de ficar para baixo, realmente fica para baixo. Esse lado também é muito parecido comigo (risos).

 


Grato por uma existência com a qual consegue compartilhar tudo, mesmo as dificuldades – “Só por estar ao meu lado”, “Suporte ao meu coração”

 

– Como cada um de vocês preparou os papéis desta obra?

 

Satō: O Takara é alguém calmo e centrado, mas isso é uma imagem construída por ele ou é algo feito naturalmente? Se lhe pedissem uma selfie repentinamente, que tipo de pose ele faria? Eu fiquei tentando imaginar essas coisas. O que acabei de falar sobre a forma de entrar na sala também tem a ver com isso. O quanto de confiança em si mesmo ele tem? Pensei várias coisas. Ele está ciente de fazer parte do grupo dos garotos populares ou não está? Fiquei matutando dentro da minha cabeça sobre esses elementos.

 

Oriyama: Eu sou o tipo de pessoa que faz, no set de gravações, tudo que é fora do básico.

 

Satō: A impressão foi essa mesmo (risos).

 

Oriyama: (Na região litorânea que fizemos as gravações) À noite, eu estava sempre fazendo caminhadas. Andava por toda a cidade, pensando que era naquele local que o Amagi vivia e, no intervalo das gravações também, dava voltas pela escola, pensado “aqui ele assiste às aulas, e aqui também ele converse com o Takara talvez”. Enquanto imaginava essas coisas, o Amagi entrou em mim naturalmente.

 

Satō: É nesse sentido que nossas formas de atuar talvez sejam um pouco diferentes. O Oriyama é um gênio!

 

– Através das gravações, o que vocês sentiram que é a parte charmosa um do outro?

 

Satō: Ele é realmente um profissional. Quando nós tínhamos que gravar de repente a cena do clímax do dorama, o Oriyama, mesmo nas cenas nas quais deveria chorar de repente, chorava muito! Eu me perguntava como ele havia conseguido trazer esse sentimento assim. Ele fazia de maneira apropriada as coisas que o diretor pedia, na hora que ele pedia. Mesmo atuando enquanto pensava o quão incrível e espetacular esse cara é, eu só ficava recebendo seu estímulo. É em um nível que você acaba querendo perguntar o que ele está pensando no instante em que entra no personagem. Simplesmente espetacular.

 

Oriyama: Mas a cena que você teve mais dificuldade foi justamente a primeira, não? Sua dicção, o momento correto de olhar para trás, essas coisas levaram algumas tentativas para dar certo, mas, fora isso, foi tudo perfeito. Isso porque você estava o tempo todo em comunicação recíproca com o diretor, com uma taxa de sincronização no nível da Unidade Evangelion 01 (risos), quase não precisando de correções. Você estavam pensando igual nesse nível.

 

Satō: (Risos) De fato, na segunda parte (as correções) diminuíram consideravelmente.

 


– Acho que houve muitas cenas de vocês dois juntos durante as gravações. Há algo que queiram agradecer novamente um ao outro ou algum episódio em que sentiram que foram ajudados pelo parceiro de cena?

 

Satō: Como nós compartilhamos todas as cenas duras de fazer e complicadas, só de ele estar ao meu lado, eu já ficava satisfeito. Se eu estivesse lidando com esses problemas enquanto protagonista solo, se fosse meu eu de agora, não sei como as coisas teriam saído. Foi um suporte para mim o fato de ter protagonizado em dupla e compartilhado as mesmas durezas e dificuldades com alguém que entrou no mundo do entretenimento no mesmo período e com quem tenho mais familiaridade. Só isso já foi encorajador.

 

Oriyama: É justamente por termos entrado no mesmo período que foi fácil tirar dúvidas com ele. O Arata se preocupa bastante com as condições físicas dos outros. A equipe do set também era muito gentil e todos os dias se preocupava comigo, porém o Arata vinha e perguntava junto com eles se eu estava bem. Em meio às gravações em pleno verão, nós tínhamos essa relação em que conseguíamos perguntar um ao outro se estávamos bem. Claro, talvez outras pessoas também consigam ter esse tipo de comunicação, porém justamente por entrarmos na mesma época isso talvez seja mais forte entre nós. Virou um suporte para o coração.

 

Satō: Como o Amagi tem variações intensas de emoções, quando acabávamos de gravar uma cena na qual ele chora de repente ou na qual a tensão fica alta de repente, já tínhamos de gravar outra cena em que ele estava alegre logo em seguida. Por isso, acho que psicologicamente era tanto um papel extremamente cansativo quanto um papel que demandava energia, então fiquei muito preocupado.

 

Oriyama: Houve várias cenas assim. As lembranças familiares amargas do Amagi; uma história em que, embora fosse de se esperar que seria muito agradável e popular, há sofrimento; e também o fato da natureza da relação entre o Takara e o Amagi não encaixar direito. Como há todos esses componentes que revelam a profundeza dessa obra, nesse sentido foi uma batalha dura, porém aprendi bastante.

 

– Por último, do ponto de vista de vocês, quais são os pontos de destaque dos personagens?

 

Satō: O Takara diz coisas que eu normalmente não diria. Se fosse eu, não faria a escolha de palavras dele etc. Acho que as pessoas que são meus fãs ou fãs do IMPACTors e as pessoas que me conhecem podem se divertir com isso.

 

Oriyama: Quando o Amagi atinge o pico de uma situação, há momentos em que ele entra em uma tensão incompreensível. Como eu sou o oposto disso, foi bem difícil atuar (risos). Gostaria muito que as pessoas prestassem atenção nesse aspecto também.

 

Todos os oito episódios desta obra serão exibidos no Dorama Shower, uma nova faixa de transmissão limitada a um ano da MBS, todas as quintas-feiras, a 1h29 da madrugada. Serão transmitidos também da TV Kanagawa, às quintas-feiras, a 1h00 da madrugada. Além delas, também serão exibidos nos canais Chiba TV, Television Saitama, Tochigi Television e Gunma Television. Em transmissão online nas plataformas TVer, MBS Dōga-izm e GYAO! atualmente.

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