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Lista de todos os doramas BL lançados no Japão, com suas respectivas datas de estreia. Os que tiverem entrevistas com os atores traduzidas a...

domingo, 23 de fevereiro de 2025

TERCEIRA ENTREVISTA COM ITŌ ASAHI E MUTŌ JUN SOBRE FUTTARA, DOSHABURI


Na última quinta-feira (20), saiu o episódio final do dorama Futtara, Doshaburi ~ When it rains, it pours. Eu jurava que seriam dez, fiquei espantando quando li “episódio final”, mas no fim foram apenas oito.

Comentei no Twitter que mesmo Old-Fashioned Cupcake, meu BL japonês favorito, tem um capítulo do qual não gosto. Porém Futtara foi redondinho, não teve um ruim. E eu ainda fiquei querendo ler o romance original no qual ele é baseado. É mais uma joia do Japão para o mundo.

Enfim, quando estava, na quinta, traduzindo a entrevista de Jack o’ Frost, que demorei bem mais dias para fazer do que o meu normal, qual não foi minha surpresa ao ver que o Otajo havia acabado de postar uma nova com os protagonistas do BL que estava para acabar. Pelas perguntas, dá para ver que ela aconteceu faz tempo, mas só foi postada nesse dia.

Eu não pretendia traduzir mais nada com os atores. Já havia feito duas traduções e no geral as perguntas e as respostas são sempre as mesmas. No entanto, por ser em um site que sempre uso, resolvi colocar em português. A fotógrafa é novamente a Soga Mime. E reforço mais uma vez que só pego algumas fotos do artigo original. Caso queiram olhar o resto, peço que vejam o site em japonês. O texto está na mesma ordem do original; as imagens, não. Espero que gostem.

 


Itō Asahi X Mutō Jun – Apaixonável também na vida real!? – “Eu quero passar um dia inteiro com ele” Dorama BL Futtara, Doshaburi: Entrevista com ensaio fotográfico

 

Entregamos para vocês uma entrevista com ensaio fotográfico de Itō Asahi e Mutō Jun, que protagonizam Futtara, Doshaburi – atualmente em exibição na faixa Dorama Tokku da MBS –, BL que chega ao seu clímax com seu último episódio diante de nossos olhos.

Após serialização na revista de romances online fleur (KADOKAWA), a história ganhou publicação impressa em 2013 e, em 2018, teve nova edição colocada à venda pela Dear+ da Shinshokan. A obra BL representativa de Ichiho Michi – Futtara, Doshaburi ~ When it rains, it pours –, que lida com o amor e sexo de adultos, ganha uma adaptação em dorama live-action na faixa Dorama Tokku da MBS.

Através de um e-mail enviado por engano, Hagiwara Kazuaki (Mutō Jun), que trabalha em uma produtora de eletrodomésticos, passa a manter contato com um “companheiro desconhecido”. Porém, este era Nakarai Sei (Itō Asahi), que trabalha na mesma empresa e entrou no mesmo período.

Como se estivessem sendo guiados por algo, estes dois que carregam a aflição de uma vida sem sexo começam uma relação secreta em que mandam mensagens um para o outro. Ganha vida uma paixão de adultos que são manipulados por amor e desejo.

Quem interpreta Hagiwara Kazuaki, que está em aflição por sua vida sem sexo com sua namorada (Kaori) com quem cohabita, é Mutō Jun (GNJB).

E quem interpreta Nakarai Sei, que sofre por estar apaixonado por Fujisawa Kazuaki – seu amigo de infância com quem mora junto –, mas ser rejeitado sexualmente por ele, é Itō Asahi.

Esta é uma obra sobre a atração mútua entre esses dois que carregam uma aflição um pouco difícil de expressar. Itō leu o romance original e sentiu que ele é “sensível e a descrição psicológica dos personagens é muito bela”.

Perguntamos sobre seus papéis, a impressão que têm um do outro, o que querem fazer agora que estão mais próximos etc!

 


– Com o original sendo um romance e esta sendo a primeira adaptação visual, como vocês sentem que vão ficar as imagens que estão gravando neste momento?

 

Itō: Quando filmamos uma cena de chuva pela primeira vez, eles nos mostraram no monitor. Não quero me gabar, mas achei que elas ficaram bem bonitas (risos). Conforme está no título, a chuva também é um dos temas, por isso, como é de se esperar, as cenas nas quais está chovendo estão saindo especialmente belas.

 

Mutō: Como é uma história em que cada uma das relações humanas é importante, há a diferença entre o rosto que o Sei mostra para o Kazuaki e o lado que ele mostra para o outro Kazuaki, assim como há o rosto que meu personagem mostra para sua Kaori e a forma como ele se comporta quando está trabalhando normalmente na empresa. Penso que dá para ver várias expressões.

 


– Vocês haviam comentado como a obra original também é sensível. Houve alguma parte na qual vocês sentiram essa sensibilidade durante as gravações?

 

Itō: O Sei interpretado por mim não é um papel muito fácil de entender. Eu também, desde que li pela primeira vez, senti que era um personagem um pouco difícil de compreender. Ele tem um lado direto, fala sinceramente o que quer falar, mas, por outro lado, também tem momentos em que se fecha completamente e essa separação é algo que eu fui fazendo enquanto o analisava.

 

Mutō: Até o momento, eu tive a experiência de fazer teatro e a atuação nos palcos e em doramas, como seria de se esperar, é diferente. Justamente por ser uma obra de cunho mais realista como esta, a forma de dizer as falas também é algo que aproximei do meu verdadeiro eu. A forma de expressar isso é algo que fiz conversando com o diretor e tentando por mim mesmo, procurando o melhor jeito.

 

– Que aspecto vocês mantiveram em mente na hora de construir seus respectivos papéis?

 

Itō: Houve alguns pontos da obra original que me incomodaram e, mesmo relendo algumas vezes, para ser sincero não consegui entender até o primeiro dia de gravações. No começo eu tive uma cena com o outro Kazuaki (Matsumoto Hiroki) em que só consegui entender uma coisa depois que havíamos filmado de fato a primeira cena.

O Sei, como é de se esperar, possui muitas partes que não se consegue compreender, tem um lado que gosta de depender das pessoas que ama, diz coisas para testar um pouco os outros – a diferença na sua forma de se conectar com os outros é complexa. Pessoas um pouco solitárias testam algum tanto os outros para aumentar seu valor próprio, tentam de alguma forma depender deles, constroem uma parede enorme para barrar aqueles por quem não têm interesse. Eu fiquei pensando que esse tipo de pessoa de fato existe, que eu também tenho meus momentos assim, que já agi desse modo no passado e fui conectando esses vários pontos e construindo o papel.

 


Mutō: Acho que esta é uma obra em que a sensação de distância entre as pessoas é muito importante. Misteriosamente, embora sua parceira esteja fisicamente próxima, ela se tornou uma existência com a qual ele não consegue abrir seu coração. Porém, por e-mail em que o parceiro está fisicamente afastado, ele consegue falar facilmente e de maneira normal sobre seus sentimentos. É dessa sensação de distância que falo. Eu a mantive muito em mente tanto em relação ao Kazuaki e ao Sei, quanto em relação à Kaori e ao Kazuaki e, antes das gravações, conversamos sobre o que poderia ter acontecido anteriormente entre meu personagem e a Kaori.

 

– Do seu ponto de vista, Itō, como o Mutō está se saindo com o primeiro protagonista dele?

 

Itō: Ele está atuando de maneira magnífica.

 

Mutō: Que bom ouvir isso (risos)!

 

Itō: A primeira vez em que gravamos juntos foi em uma cena na qual eu o afasto de repente (risos). Por isso eu fiquei fazendo isso livremente e ele sempre com a carinha do Kazuaki me perguntando o porquê (risos).

 

Mutō: Mas eu realmente achei que sua expressão gentil e a sensação que o Sei passa – de ter algo inescrutável e que te faz querer saber o que ele está pensando – de ser alguém de alguma forma viciante são duas coisas que estão muito bem misturadas juntas.

 

Itō: Muito obrigado (risos). Eu acho que você ficou perfeito como Kazuaki também.

 


– É a primeira vez que vocês atuam juntos. Contem-nos suas impressões um do outro.

 

Itō: A primeira vez que nos encontramos foi no momento da leitura do roteiro e eu achei que ele combinava muito com o Kazuaki. Como ele é um pouco absorto, ou melhor, tem um lado fora do comum (risos), pensei que esse lado ajustava bem com o Kazuaki e, desde quando conversei com ele pela primeira vez, achei que seria a partir disso que o Sei iria amá-lo. Como ele começa a amar de repente o Kazuaki a partir de um mundo no qual só existia o outro Kazuaki, eu estava ansioso para saber, até o encontrar, que tipo de pessoa ele seria, porém em um instante percebi que ele era perfeito para o papel e que de alguma forma eu poderia amá-lo. Fiquei aliviado.

 

– O que nele é absorto?

 

Itō: Acho que ele é naturalmente um cabeça de vento? Ele é bem dedicado e, enquanto pessoa, há muito nele de adorável.

 

– Mutō, qual é a sua impressão do Itō?

 

Mutō: Um pouco antes de nos conhecermos, eu estava vendo um dorama seu em exibição no momento, então minha impressão inicial foi “Ele é a pessoa que estava na televisão!” (risos).

Porém eu tinha como o Sei esse componente de querer saber que tipo de pessoa ele era. O tempo que nós passamos juntos ainda é pouco, mas ele passa a sensação de ser um homem viciante, que tem bastante uma aura que te faz querer saber como ele é de fato (risos).

 


– Nesta história, senti que o Kazuaki é devotadamente atencioso e gentil.

 

Itō: De fato, ele muito gentil e, além disso, essa parte do Sei de não prestar atenção nos outros é algo diferente porque o Kazuaki presta atenção de maneira apropriada e se preocupa bem sobre como será visto pelos outros. Como há muito disso nele, li o roteiro achando esse contraste entre os dois interessante.

 

– Na empresa, o Sei não tem muita intimidade com os colegas que ingressaram no mesmo período que ele, mas o Kazuaki procura iniciar conversas e se relacionar ativamente.

 

Mutō: Mas esse é um dos principais componentes o qual nos estimula a querer saber mais sobre que tipo de pessoa o Sei é.

 

Itō: Como eu preciso criar essa sensação nas pessoas, é difícil.

 

Mutō: Não, mas eu acho que você já conseguiu (risos).

 

Itō: Que bom (risos).

 

– Em que parte do Itō você acha que há essa sensação de alguém “viciante”?

 

Mutō: O Asahi passa bastante uma sensação de liderança, no set de gravações ele ficava propondo brincadeiras e também tem um lado engraçado. Por causa dessas coisas, você acaba querendo muito saber que tipo de pessoa ele é e o que pensa.

Na primeira cena que gravamos, disse-me que eu poderia ir com bastante ímpeto. Ele passa essa sensação de irmão mais velho também.

 


– Falando nisso, vocês dois ainda estão na primeira metade da década dos 20 anos, o que acharam de a troca de mensagens ser por e-mail?

 

Itō: Atualmente se usa o LINE, né?

 

Mutō: Realmente, é o LINE.

 

Itō: Porém, como várias pessoas entram em contato comigo para trabalho por e-mail, surpreendentemente eu pude aceitar isso normalmente. Mas, quando li o roteiro, fiquei matutando sobre como eles fariam para dar sentido a essa opção, na era atual. Então, ficou estabelecido que o Sei não usa o LINE e pensei: “Ah, de fato, sendo o Sei, não é estranho que alguém como ele não use o LINE”.

 

Mutō: Mas foi um pouco difícil filmar as cenas nas quais mando os e-mails. Eu não uso comumente o método flick input.

 

Itō: Ah, não usa?

 

Mutō: Não. Por isso, eles me fizeram o favor de filmar de um jeito que parecesse que eu usava (risos).

 


– Caso tenham achado algo fofo em relação um ao outro, digam para nós.

 

Itō: Durante a leitura do roteiro, nós fizemos uma espécie de exercício de atuação. A cena que criaram para atuarmos foi que o Jun me daria um doce e me faria comê-lo. Como estava atuando meio como o Sei, eu recusaria tudo, não importando o que me seria dito.

Ele começou a falar várias coisas esquisitas. Algo como “Se você comer isso com leite, é realmente gostoso”. Ele me atacava com esse tipo de palavras que só poderiam sair de sua cabeça, então era engraçado (risos).

 

Mutō: No meio do caminho eu comecei a imitar esses programas de vendas que passam na televisão de madrugada tipo “Olha a super oferta!”, né? (Risos)

 

– Mutō, há algo no Itō que você achou fofo?

 

Mutō: As fotos para promover o dorama foram feitas em um terraço e, por ser perigoso, ele se preocupou bastante comigo. Pediu para eu prestar atenção no desnível que havia etc. Fiquei muito feliz por sua gentileza.

 

Itō: Eu apareço em doramas desde mais ou menos quando tinha 17 anos e só havia pessoas mais velhas ao meu redor, então não tinha a experiência de estar sempre junto a alguém mais jovem. Esta foi a primeira vez. Junto a ele, eu contava que era irmão mais velho e aproveitava para agir assim. Eu tenho um irmão mais novo.

 

– Então, depois de muito tempo, seu comportamento como irmão mais velho apareceu, né?

 

Itō: Até agora, nas gravações, estava sempre na posição de irmão mais novo, então não tive muito isso de estar o tempo todo com um ator mais novo que eu. Pensando agora, foi de fato estranho.

 


– Como vocês querem que a relação de vocês esteja até o fim das gravações?

 

Itō: Quero ir num restaurante. E também, como nós dois conseguimos estes papéis de protagonistas, quero ter uma relação que não acabe aqui.

 

Mutō: Por ora, quero aproveitar um dia de folga para experimentar passar um dia inteiro junto com ele.

 

Itō: Um dia inteiro!?

 

Mutō: Quero tentar fazer junto com você coisas das quais nós gostamos. Eu gosto de montar bonecos de plástico.

 

Itō: Verdade, esses tempos nós conversamos sobre isso. Eu gosto de comidas saborosas e o Jun gosta de bonecos de plástico, por isso falamos “Então, seria legal se nós passássemos o dia construindo modelos de plástico enquanto comemos algo gostoso”. Sinto que a conversa acabou aí (risos).

 

Mutō: É, né? Seria legal se nós conseguíssemos montar bonecos de plástico. Do que você gosta?

 

Itō: Gosto de videogames. Além disso, quero ir junto ao karaokê. Vi seu vídeo no Youtube em um karaokê e fiquei pensando em como você era bom e que eu gostaria de tentar cantar junto.

 

Mutō: Fico feliz! Vamos lá!

 

Itō: Se nós formos, vamos filmar alguns vídeos e postar os melhores nas redes sociais (risos).

 

– Estarei aguardando por esse anúncio! Por fim, deixem uma mensagem para as pessoas que estão ansiosas por esta obra, por favor.

 

Mutō: É uma história de amor entre adultos controlados por amores não correspondidos e acho que tem um conteúdo realista e com o qual as pessoas conseguem se identificar. Como nós todos estamos nos esforçando para transmitir isso, ficaria feliz se as pessoas se sentissem tocadas pelo dorama.

 

Itō: Realmente há muitas pessoas que carregam as mesmas aflições e o conteúdo desta obra pode chegar até elas. Como há também a parte realista, que os doramas comuns não mostram, nas falas e nos gestos, gostaria que as pessoas assistissem a isso se divertindo.

 

– Muito obrigada!

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