Outra
entrevista com os atores de Futtara, Doshaburi, desta vez para o site
U-WATCH (original em japonês aqui). Ela é do dia nove de janeiro, portanto também
foi lançada no mesmo dia que saiu o primeiro episódio do dorama.
Esta semana saíram mais
entrevistas, mas estou lendo e as perguntas e respostas são muito parecidas. A
que segue abaixo tem pontos em comum com a outra que eu traduzi, mas, como ela
é maior, há várias coisas que não foram ditas lá. As fotos do ensaio
fotográfico são todas do site original e a estrutura do texto é exatamente a mesma. Só lembrando que há dois Kazuakis: um é o
protagonista e o outro é personagem secundário. Demarquei isso no texto
colocando “(outro)” no segundo. Espero que gostem.
Dorama BL Futtara,
Doshaburi: entrevista com Itō Asahi e Mutō Jun. Um amor definitivo escrito
com uma visão de mundo bela.
“Quero conectar-me com a pessoa que
amo” – Futtara, Doshaburi: uma história de amor entre adultos sem
traquejo social que sofrem pela falta de sexo. Junto com belas imagens, uma dor
que oprime o coração sacudirá o dos telespectadores. Esse dorama BL doloroso
começa a partir de janeiro.
Sei e Kazuaki são os protagonistas
conduzidos por seus amores e desejos sexuais não gratificados. Nós perguntamos
aos protagonistas destes papéis complicados, Itō Asahi e Mutō Jun, sobre o
melhor do dorama, sobre os bastidores das gravações e falamos sobre suas vidas
privadas.
Apresentação da obra Futtara,
Doshaburi exibida na faixa Dorama Tokku da MBS
Adaptação live-action
em dorama do romance BL Futtara, Doshaburi – When it rains, it pours que
lida com o amor e o desejo sexual de adultos, sendo uma obra representativa da
ganhadora do Prêmio Naoki, Ichiho Michi.
Hagiwara Kazuaki (Mutō
Jun) trabalha no departamento de vendas de uma empresa produtora de
eletrodomésticos e sofre pela falta de sexo em seu relacionamento com sua
namorada Mizutani Kaori, com quem cohabita. Um dia, ele fica responsável por
organizar a festa de reencontro dos colegas que entraram na empresa no mesmo
período e tenta mandar as opções de restaurantes para seu próprio e-mail, mas
acaba errando e enviando para um desconhecido.
A pessoa para quem o
e-mail chegou foi Nakarai Sei (Itō Asahi), colega de trabalho de Kazuaki que
entrou no mesmo período que ele e trabalha no departamento de assuntos gerais.
Sem ter como saber
que seu contato é um colega de serviço, ambos iniciam, sem perceber, uma
relação estranha na qual conseguem ser sinceros um com o outro, sob a impressão
de estarem conversando com um completo desconhecido, cujos rosto e nome eles
desconhecem. Assim como Kazuaki, que quer se conectar com a pessoa que ama, Sei
também está sofrendo por sua relação com seu parceiro com quem mora junto,
Fujisawa Kazuaki, um amigo de infância por quem ele tem sentimentos os quais
não tem onde guardar.
“É por gostar da
pessoa que eu desejo que nós nos abracemos, que ela me abrace” – O segredo
compartilhado a partir de um e-mail logo ultrapassa o volume do coração e
começa a transbordar... Uma paixão adulta controlada por amores e desenhos
sexuais não gratificados começa a se mover.
Começa a transmissão
a partir de 9 de janeiro de 2025 (quinta-feira) na faixa Dorama Tokku da MBS!
(Texto retirado do
site oficial do Dorama Tokku da MBS: Futtara, Doshaburi.)
“Qualquer pessoa que
sinta solidão e tristeza em seu coração entenderá” (Itō)
– Este dorama é uma história de
amor adulta. Primeiramente, digam-nos o que pensaram quando leram o roteiro.
Itō Asahi (abaixo, Itō): Tanto na
obra original quanto no roteiro, a descrição da mentalidade humana e das
paisagens é extremamente bonita e era um conteúdo em que parecia que os
sentimentos dos personagens se aproximavam de nós, então eu estava extremamente
ansioso para transformar essa bela visão de mundo em uma obra visual.
Acho que esta é uma obra que pode
se aproximar de pessoas solitárias que tenham as mesmas dificuldades dos
personagens e sintam tristeza, então ficaria feliz se elas se divertissem com
essa parte.
Mutō Jun (abaixo, Mutō): Como esta
é uma obra em que está escrito claramente o estado em que uma pessoa é
conduzida rapidamente pelo amor que sente por alguém, eu quis entregar um
trabalho mais realista para o público, comparado com BLs lançados até agora.
– Contem-nos sobre os pontos com os
quais se identificam e com os quais diferem em relação a seus respectivos
papéis.
Mutō: O Kazuaki interpretado por
mim é direto e sincero. Como eu tenho tanto momentos em que digo sinceramente o
que estou pensando, quanto momentos em que não consigo transmitir direito
minhas emoções e guardo-as dentro de mim, este é um ponto em que consigo me
identificar com Kazuaki. O que temos de diferente é que eu sou do tipo que não
consegue continuar uma mensagem por e-mail como ele faz.
Itō: Os meus e-mails nunca são
respondidos (risos).
Mutō: Desculpe (risos).
Itō: o Sei passou-me uma impressão
vaga, então avancei a leitura do roteiro me perguntando se haveria algum ponto
em que eu conseguisse me identificar com ele.
Porém, quando tentei interpretá-lo
de fato, percebi que ele aprecia ser mimado pela pessoa de quem gosta e também
testa os outros. Se fosse para escolher, diria que eu também sou do tipo que
tem tendência a ser mimado pelos meus veteranos, então pensei que consigo me
identificar com esse aspecto dele.
Outra coisa que entendi dele foi o
lado que carrega a solidão em seu coração. Todo mundo tem momentos em que, de
repente, se sente solitário. Eu pensei que gostaria de expressar bem esse lado
sensível dele.
Mutō: Tipos como Sei de fato
existem, mas eu não entendia o que ele estava pensando, até que, com a
interpretação do Asahi, a ficha caiu.
Itō: Eu acho que o Mutō é perfeito
para o papel do Kazuaki. Há algo nele que você não consegue largar e senti que
sua interpretação é muito natural nos momentos quando o Sei diz o que lhe dá na
telha e o Kazuaki fica sem saber o que fazer.
Eu mesmo tenho aspectos em comum
com o Sei e há algo de Kazuaki no Mutō. Como eu senti desde o começo essa natureza
da relação dos dois partindo do Mutō, foi fácil de interpretar e ele também foi
confiável.
– Vocês dois, durante as gravações,
estão chamam-se de Asahi e Mutou?
Itō: Eu o tenho chamado de Jun.
Mutō: Eu o estou chamando de Asahi
(risos).
“Gostaria que as pessoas
se identificassem com a situação em que, apaixonando-se por alguém, nós
mudamos.” (Mutō)
– Há algo que vocês mantiveram em
mente ou algo com que tiveram cuidado ao lidar com uma obra BL?
Itō: Eu acho que esta obra foca na
parte amorosa. Desde antes das gravações, já estava pensando que seria bom se
nós conseguíssemos construir a história juntos, não importando se era uma relação
do mesmo sexo ou sexo oposto, então não adotei nenhuma preparação especial por
ser BL.
Além disso, haverá cenas de sexo e
de beijo com o Kazuaki e eu interpretarei tomando cuidado com a beleza e a delicadeza
da história, então gostaria que muitas pessoas assistissem.
Mutō: Eu também não fiquei pensando
muito que se tratava de uma obra BL. Gostaria que o público se identificasse
com o aspecto em que uma pessoa muda ao se apaixonar por alguém enquanto ser
humano, não importando se é homem ou mulher.
– Este dorama tem um tema sensível:
a vida sem sexo. Vocês pensaram sobre ele?
Itō: O Kazuaki é rejeitado por sua
namorada, que pede que ele não lhe toque o corpo, e o companheiro por quem Sei é
apaixonado o abandona quando este tenta tocá-lo. Talvez ambos estejam
conectados, de fato, emocionalmente com seus companheiros, mas a distância física
que não diminui é um tema complicado.
Como eu não tenho a experiência de
ter ficado junto com alguém por tanto tempo assim, não posso falar por
experiência própria de forma definida, mas fiquei pensando que seria melhor se
essa diferença entre a relação emocional e a física se tornasse mais clara.
Mutō: Se alguém passa três longos anos
morando junto, como o Kazuaki, dependendo do casal, talvez esta seja uma questão
com a qual se depara. Sinto que a vida sem sexo é uma questão delicada e
difícil.
“Não me importo com o
lado de ser protagonista. Só quero ser livre para fazer uma obra boa.” (Itō)
– Aconteceu algum episódio durante
as gravações?
Itō: Na verdade, nós dois só
gravamos uma cena até agora. (No momento em que ocorreu a entrevista)
Mutō: Isso. Uma cena à beira mar.
Itō: Mas o pôr do sol desta cena
estava muito bonito e nós conseguimos tirar uma foto juntos pela primeira vez.
A cena na qual Sei rejeita Kazuaki
é ensolarada. A cena na qual o laço entre eles se aprofunda é na chuva. Quando
faz sol, separam-se; quando chove, a relação aprofunda-se: creio que isso seja
algo característico desta obra emocional.
Mutō: Nossas gravações começarão de
fato agora. Sinto que o Asahi me lidera bastante. No set, ele me chama para
comermos e nós vamos pegar as refeições juntos etc; ele tem esse lado que
parece um irmão mais velho e é muito gentil. Seria bom se nós conseguíssemos
tirar muitas fotos um do outro durante as gravações (risos).
– Vocês tomaram cuidado com algo na
hora de se prepararem para os papéis?
Mutō: Eu tenho bastante experiência
com o teatro, então estou aprendendo a diferença entre a atuação em peças e em doramas
e as pequenas nuances. Estou tomando cuidado para atuar de forma mais realista
e natural. Há o Kazuaki quando está trabalhando, o Kazuaki quando está com sua
namorada Kaori, o Kazuaki quando está com Sei. Como vou atuar diversos
Kazuakis, gostaria que percebessem essa diferença na interpretação.
Itō: O Sei tenta inferir o que seu
companheiro de apartamento, (o outro) Kazuaki, cuja existência é importante
para ele, está pensando porque não quer ser odiado por ele. Porém, à exceção desse
(outro) Kazuaki, ele é um ser humano que não se importa com a forma pela qual é
visto pelos outros.
Eu atuo mantendo em mente que quero
com este comportamento dele controlar o (protagonista) Kazuaki. Eu atenuo a
forma de dizer as falas, com uma atmosfera próxima de quando se fala
normalmente e também valorizo as pausas...
– Desta vez vocês serão os
protagonistas. O que pensam sobre isso?
Mutō: Esta é a primeira vez em que me
permitem ter tanto tempo de tela em um dorama. Para além disso, como é um
dorama que tem uma obra original, estou um pouco nervoso.
Eu li o romance e, embora tivesse
ficado bastante triste, sinto que quando o terminei consegui amadurecer um
pouco, então gostaria que a audiência sentisse essa mudança também.
Itō: Eu normalmente procuro não dar
muita atenção ao fato de ser ou não protagonista. Como este é um papel que também
tem responsabilidade, mais do que me esforçar por ser protagonista, sinto que o
Mutō e eu conseguiremos criar uma obra boa se pudermos atuar livremente.
“Seja durante as gravações
ou depois, quero ir ao karaokê com o Mutō.” (Itō)
– Falando nisso, vocês dois têm
hobbies criativos, não é? O Itō tira fotos e o Mutō desenha.
Itō: Ultimamente eu não tenho
conseguido tirar nenhuma foto. Agora eu só estou tocando violão.
Mutō: Ah, é? Que incrível!
Itō: Estou tocando violão a passei
a mexer bastante com música. Como o Mutō está cantando também em um grupo
musical, durante as gravações ou quando elas acabarem, quero ir junto com ele a
um karaokê.
Mutō: Juntos em um karaokê! Legal!
Como se tivéssemos adicionado uma cena em que o Kazuaki e o Sei vão juntos a um
karaokê? (Risos)
– Aproveitando a oportunidade, já
que estamos falando de uma história de amor adulta, posso perguntar qual o tipo
de pessoa de quem vocês gostam?
Itō: O meu tipo muda o tempo todo, porém
eu quero ser bastante mimado pela minha parceira, então, independentemente de
ser mais velha ou mais nova, quero alguém que me permita fazer isso.
Acho que eu quero alguém que seja
um pouco mais psicologicamente madura do que eu. Talvez eu me atraia por
mulheres cuja postura seja dignificante.
Mutō: O tipo de pessoa de quem eu
gosto? Huuum, talvez seja parecido com o do Asahi. Alguém que passe impressão
de irmã mais velha, ou melhor, que tenha um ar maduro é de fato atraente!
– Itō, há aproximadamente um ano você
se formou na Faculdade de Direito da Universidade Keio e escolheu o caminho de
ator. Continuar a carreira de ator enquanto seus colegas de classe estão
procurando emprego é uma decisão corajosa, não é?
Itō: Quando estava no Ensino Médio,
trabalhei com isso, mas não tive a impressão de ter feito tudo o que podia,
então, após me formar na faculdade, quis continuar.
Como eu não estava procurando
emprego quando meus amigos estavam fazendo isso, fiquei bastante preocupado perguntando-me
se realmente estava fazendo o certo. Porém, se eu desistisse ali do mundo do
entretenimento, ficarei preso a essa ideia e dentro de mim haveria
arrependimento por não conseguir me valorizar o tanto que eu poderia, então pensei
que não queria fugir e escolhi continuar.
Na verdade, como mesmo agora o
trabalho está divertido, enquanto eu conseguir pensar assim quero me dedicar de
corpo e alma a isso.
– Mutō, você trabalha tanto no
palco como em um grupo musical, tendo várias facetas. Como você pensa sobre o
equilíbrio dessas atividades?
Mutō: Nem o equilíbrio nem a
distribuição das atividades está definido. Como eu quero transformar em algo
meu as coisas que recebo em cada uma delas e ampliar minhas formas de
expressão, penso que é melhor desafiar-me em diversas áreas.
Eu já fiz diversas peças também, mas
tanto filmes como doramas são algo próximo da música para mim, ou melhor, é
como se tivesse a seção A da canção, a seção B e o gancho. O roteiro também, se
continuarmos com o exemplo da música, poder-se-ia pensar que equivale à letra.
Espero conseguir usar também em meu
trabalho com o grupo as coisas que aprendi em meus trabalhos pessoais e como
ator. Por outro lado, seria bom se eu conseguisse mostrar em doramas individuais
assim as coisas que aprendi com o grupo.
“Um papel que eu gostaria
de tentar um dia é o de cientista maluco.” (Mutō)
– Haveria algo que vocês mantêm em
mente na hora de trabalhar?
Itō: No meu caso, o que dou mais valor
é o quanto posso me divertir livremente com o trabalho. Procuro não me fechar
na minha própria concha, mas expressar livremente as emoções e ações do
momento.
Para mim o mais importante é estar
em um estado mental em que eu consiga me divertir no instante em que as coisas
acontecem e para isso sinto que é necessário também relaxar corretamente.
Em relação ao trabalho, como eu
quero adotar uma postura em que consiga sempre olhar para frente, dou atenção
especial para minha saúde mental.
Mutō: Por eu fazer teatro, procuro mover-me
imaginando como estou sendo visto pelo público. Quando faço ensaios fotográficos
para coleta de material de promoção como este também, mantenho em mente sempre
me mover imaginando estou sendo visto pelo fotógrafo.
– Há algum papel que vocês
gostariam de tentar fazer no futuro?
Itō: Não há nenhum em especial que
eu queira fazer.
Mutō: Eu gostaria de fazer um
cientista maluco.
Itō: Um cientista maluco!? (Risos)
Mutō: Um cientista que é a pessoa mais
inteligente e fica subordinada sob o comando direto do chefão final, fica ao
lado do chefe malvado dando-lhe suporte (risos).
Itō: Você tem uma imagem bastante
concreta, né? (Risos)
– Vocês dois, embora tenham
personalidades contrastantes, passam a impressão de serem irmãos e entendi bem
como vocês são uma boa combinação. Por último, o que vocês gostariam de fazer no
ano de 2025?
Itō: Como 2025 está começando com
Futtara, Doshaburi, eu quero fazer uma boa obra junto com o Mutō. É um grande
passo para nós, então, enquanto nós crescemos no processo, gostaria que ela se
tornasse uma obra vista e amada por muitas pessoas.
Como depois do dorama já está
decidido que participarei de um musical, vou me esforçar como sempre com todas
as minhas forças enquanto apareço em muitas obras que façam as pessoas torcerem
por mim em 2025 também.
Mutō: Este dorama também se encaixa
nisso – para que mais pessoas vejam obras nas quais eu apareça e se emocionem
com elas, gostaria de conseguir criar histórias com toda a dedicação. Quero me
esforçar com o objetivo de que meu ano de 2025 consista em entregar emoção para
muitas pessoas.
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